domingo, 29 de novembro de 2009

Mudança de vida part I

Acordei em uma manhã chuvosa de verão, um pouco mais contente do que a maioria dos seres humanos. Não podia ser por menos: meu pai voltava de viagem. Foram duas longas semanas longas para mim. Ele é meu parceiro; parece mais amigo do que pai.
Mamãe também já acordara. Podia ouvir uma agitação em seu quarto,e não eram sonhos. Era um tal de abrir e fechar portas que inclusive acordou minha irmã. Ela não acorda com muita facilidade assim.
Não me mexi da cama, a princípio. Me espreguicei lentamente e levantei, fazendo meu alongamento diário. Após ele, como de costume, fui ao banheiro.
“Para de fazer barulho, mãe!”, minha mãe não a ouviu, pois não respondeu e o barulho continuava.
Sai do quarto irritada – o que não acontece com facilidade, já que demora-se para me tirar do sério. Minha irmã não parava de berrar e minha mãe não escutava de jeito nenhum.
Entrei em seu quarto e me deparei com a cena mais bizarra que já havia visto: minha mãe dançando feito louca pelo quarto enquanto se trocava. Foi ai que entendi o motivo dela não ter ouvido minha irmãzinha. (E depois vinha falar que eu punha a música muito alta). Ela dançava ao embalo de Skank e essas músicas brasileiras mais antigas que são as únicas em seu I-POD e não me agradavam. Puxei um de seus fones.
“Mãe, cê ta fazendo muito barulho”, ela me olhou surpresa. Havia tomado um susto comigo. ”Dava pra acalmar?”
“Claro, claro, Destiny. Desculpa. É que eu to empolgada”, ela respirou fundo, sorriu e prosseguiu, “Seu pai me ligou ontem todo animado e falou ter uma notícia que gostaríamos muito. Ele pediu também para nos arrumarmos bem e deixar a casa impecável. Então, mãos a obra. Gina, levanta’, ela gritava assim como minha irmã fizera.
“Já levantei”, sua voz ecoou entusiasmada pelo banheiro, “Já te ouvi também.”
Fui para o quarto e, meio lentamente, ainda, arrumei-o. Demorei tempo suficiente para meu pai ligar avisando que chegava em vinte minutos. Me desesperei. Minha mãe também.
“Gina, acaba de arrumar a casa! Falta roupas suas e da sua irmã pra tirar da sala”, ela ordenou, “A Destiny ainda não ta arrumada, você já. Não reclama”
Assim que acabei de me ajeitar, a campainha tocou. Minha irmã entrou no meu quarto e avisou que não atenderia a porta sozinha; mamãe ainda se maquiava.
Meu pai estava com visitas. E falando em inglês quando abri a porta da sala.
“Hi, papis!”, abracei-o.
“Oi, meus amorzinhos! Cadê sua mãe?”
“Vindo”
Ela apareceu assim que acabei de falar. Como ela faz isso?
Escapei deles com agilidade para meu quarto. Precisava achar meu I-POD antes que eu pirasse. Eu tinha que ouvir música.
Minha mãe teve um chilique quando percebeu que eu sumira, meu pai queria todas juntas para dar a notícia que era tão importante. Detalhe: minha irmã e eu não tínhamos idéia do assunto. Gina bem que tentou arrancar do que se tratava todo esse mistério, sem nenhum sucesso.
Meu pai trabalhava em uma gravadora como presidente-produtor (ou presidentor, como o batizamos) desde que me entendo por gente. Minha maior diversão é ganhar CD´s grátis, uma vez que no trabalho papai ganha todo tipo de CD, então ele nos dá os que gostamos. Um gasto a menos para mim quanto a comprá-los, já que sou colecionadora compulsiva disso desde os quatro anos. Tenho de tudo até hoje; desde Xuxa e Angélica até Paramore e Avril Lavigne, passando por Sandy & Júnior e Disney.
A importância do assunto tinha que se relacionar com isso, pois meu pai estava de um modo diferente, algo que não via a tempos.Será que existe algum cargo ou coisa do tipo melhor? Se a resposta for afirmativa, ele a conseguiu.
E o que significava aqueles estadounidenses – porque me recuso a chamá-los de americanos, eu também sou – em casa? Eles tinham um ar de importância similar ao que meu pai usa, e a pulguinha atrás da orelha estava me matando. A curiosidade me tomava a cabeça.
“Estes homens não falam português, então temos um impasse”, papai virou-se para mim, “ Teremos que ajudá-la se falarem com ela”
“Claro”Então começamos a conversa com os estrangeiros, que pareciam entediados.

- DanDanika

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Bad Dreams part. II

Não acredito!
O sonho/pesadelo não ficou só na minha cabeça...
Quando cheguei na escola vi que meu sonho foi um aviso, uma previsão. Convites, risos e palhaçadas aconteciam e todo mundo me ignorava!
Logo eu, a garota mais mais da escola, sendo ignorada por todos? O que aconteceu?
Tentei descobri o que estava havendo, porém todos fingiam que eu não existia e isso me abalou mais do que deveria.
Fui me sentar em meu lugar de costume na sala e percebi algo de errado: minha carteira estava suja e parecia que alguém tentou-la destruir, sem muito sucesso, já que a carteira é bem resistente.

-DanDanika