sábado, 24 de outubro de 2009

O Rapto Fabio POV

Desde o dia que a vi, me encantei com sua voz e atitude, além de seu jeitinho meigo e inocente.
Natascha estava sozinha numa certa hora da festa e eu havia ficado por muito tempo assim. Cheguei perto dela e puxei conversa.
Perguntei sobre algumas coisas. Encontramos um assunto que eu, pelo menos, adorava: música. Ficamos um bom tempo conversando sobre; acabou a festa e ainda conversávamos. Falamos sobre filmes, depois de entrarmos numa conversa sobre soundtracks boas de filmes.
Voltei para casa um pouco avoado, com Drew. Ele percebera que eu estava diferente e quis saber o que acontecia.
- Estou encantado com a sua amiga, Natascha.
- Percebi que vocês ficaram conversando a festa inteira, teoricamente. – ele me encarava, com tom de suspeita.
Não o respondi. Voltei a ver o rosto dela a minha frente e me calei. Vê-la novamente era tudo que eu queria, e acontecia em pouco tempo.

Alguns dias depois, fomos no cinema e Drew fez questão que eu fosse, tendo ele convidado Natascha por minha causa, e convenceu-a a ir.
Em pouco tempo estávamos no shopping com uma galera enorme, esperando-a. Como ela estava demorando, foram comprar os ingressos, para não haver problema de lugar para todo mundo. Faltavam menos de cinco minutos para começar o filme quando ela chegou. Drew ficou esperando-a e trouxe-a para dentro do cinema.
Ela sentou ao meu lado, o único ligar que havia sobrado na fileira. Não parecia ter apreciado muito, mas as luzes se apagadas e todos estavam agitados.
Um bom tempo passara antes de ouvimos alguns gritos vindo de outras salas. E em minutos nossa sala foi invadida por assaltante. Não consegui me mover, estava um tanto confuso. Um homem havia se postado ao lado de Naty com uma arma na mão, mandando-a levantar.
Segurei seu pulso e ela olhou para mim; sua expressão era um tanto calma para o momento, ela estava parcialmente indiferente.
- Você, rapaz, também vem comigo. – O homem falava baixo porém autoritário e não pensei duas vezes, simplesmente levantei. Afinal, ele poderia atirar se eu não o obedecesse.
Fomos até o corredor, sem mais ninguém. Andamos por ele até encontrarmos mais quatro assaltantes e outros jovens, adolescentes, reféns deles.
Fomos levados à uma van, que nos esperava, com um homem dentro. Nos arrumaram como dava na van, porém três dos cinco assaltantes foram no chão: um no meio das pernas de Naty e os outros dois no meio das pernas de outras duas garotas. Nenhuma delas, nem Naty, parecia se importar muito com isso.

Nos levaram para um quarto grande, com uma cama de solteiro no canto e duas cadeiras ao lado, uma escrivaninha com papéis, luminária e alguns lápis e canetas, que peguei e inutilmente comecei a desenhar, enquanto o resto não entendia o que acontecia.
- O que está acontecendo exatamente? – uma garota perguntou, assustada e confusa.
- Não tenho certeza, mas suspeito que fomos raptados – Naty respondeu, de um modo calmo e paciente.
- Raptados?
- Claro, ou tem alguém com outra explicação lógica para isso?
- Calado Fábio – Naty mandou.
Ela explicou do jeito que conseguia, tentando não assustar ninguém, o que acontecia, ainda calma.
Foi então que uma garota percebeu algo interessante: estávamos com nossos celulares. Podíamos ligar para ajuda, para nossos pais.
- Ou polícia!
- Melhor para os pais. Eles vão ficar preocupados conosco.
Naty tinha razão. E se ligassem para nossos pais antes de avisarmos que estamos bem? Minha mãe ia ter um ataque.
Todos nós ligamos. Minha mãe teve um chilique do outro lado da linha, porém consegui acalmá-la e falar para ela fazer contato com os pais de Naty e desliguei. Mas pouco antes avisei para ela agir com preocupação caso os sequestradores ligassem.
Um tempo depois, os sequestradores entraram no quarto e pegaram todas as nossas coisas, inclusive os celulares.
Assim que saíram, Naty puxou o celular dela de dentro do sapato e ele estava vibrando. Como fizemos antes, todos começaram a conversar para abafar sua voz.
Ela explicou o que aconteceu aos pais e depois deu uma desculpa para poder desligar.
- Será que não é melhor vocês ligarem para seus pais? Avisar que tá tudo bem… - mas foi interrompida por Jéssica, exclamando, aos sussurros.
Todos ligaram só para avisar o que tinha acontecido. Um bom tempo depois ouvimos sirenes de polícia…
- Estamos salvos! – alguém falou.


Foi tenso.
Um dos sequestradores conseguiu fazer Stella ainda como única refém, quando conseguimos escapar. Mesmo assim deu tudo certo: ela fora liberta. Todavia, dois deles fugiram.
Fomos embora cada dois em um carro de polícia, e eu e Naty tivemos que ir juntos. Ela não me parecia contente. Ela sentou numa ponta, olhando para fora da janela, e eu na outra. Entretanto em pouquíssimo tempo ela me abraçou, trêmula.
- Para de tremer! – chacoalhei seu braço, não muito forte. – Você foi super corajosa! Por que está assim?
- É que agora me bateu aquele medo do que podia ter acontecido e não consigo me fazer parar de pensar nisso – ela disse, com a voz trêmula.
Puxei-a contra meu peito, passando a mão em seu cabelo até seu ombro, tentando acalmá-la. Desci uma mão até sua cintura, puxando-a para cima, e depois puxei seu queixo, fazendo-a olhar para mim. Então beijei sua bochecha e testa pedindo para ela se deitou em mim.
Pedi para respirar fundo, para ela relaxar. Seus cabelos estavam cobrindo uma parte de seu rosto, mas ela fechou um pouco os olhos e parecia um anjo adormecido. Não resisti: puxei seu cabelo um pouco e no tentei beijá-la. Não consegui fazer o que queria, respeitando-a; porém minha boca parou a milímetros da dela.
Não resisti como eu queria; mordi SUS lábios inferiores, segurando-a firme – fazendo-a lacrimejar, percebi depois. Beijei-a como queria, sem ser correspondido, por algum tempo. Ela não devia ter correspondido, pois fiquei ainda mais apaixonado, querendo-a inteira.
Toquei-a no pescoço, sentindo seu pulsar, acelerado. Fiquei assustado, cessando nosso beijo. Ela havia relaxado.
Ainda bem.
Abracei-a, deixando-a encostada em meu peito até chegarmos à casa dela.
Lá, meus pais vieram ver se estava bem e, como sempre, finalmente minha mãe se acalmou. Meu pai agradeceu aos pais de Naty, que fora puxada por sua amiga e Drew para um canto. Cheguei na melhor hora da conversa.
- Mas então você e Fábio estão juntos? – Wanessa estava ansiosa.
- É, Naty, sim ou não?
- Estamos – respondi à Wanessa, abraçando a Naty por trás e ela enrijeceu, de susto. Beijei sua nuca para ver se relaxava. Claro sinal do que havia falado.
TODOS ouviram o final da conversa e o que fiz nela. Nossos pais resolveram nos fazer ficar corados; eles iam “comemorar” por termos voltado e por estarmos namorando.


Fomos a um restaurante, toda a galera do cinema mais meus e os pais de Naty, de noite. Fiquei junto com Naty o tempo inteiro, paparicando-a, como ela me falou depois.

- DanDanika

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